Shirlei em Versos

  Às vezes me pego pensando no que seríamos se juntos estivéssemos, e perguntas surgem nesses pensamentos: - Estaríamos felizes no plural? - Nos olharíamos como no primeiro encontro? - Teríamos a mesma intensidade do prazer da nossa primeira vez? - Nossos corações ainda estariam sincronizados no mesmo batimento do amor?  Sabendo que para ser feliz no plural, é preciso ser feliz no singular, essa felicidade só seria possível se tivéssemos felizes singularmente. O olhar do primeiro encontro, tinha um misto de curiosidade, medo do desconhecido, e paixão gerada pelo impacto do primeiro encontro, após um tempo esse olhar ainda poderia estar lá ou teria sumido dia após dia. A primeira vez, mesmo com o nervosismo inicial, a cada toque seu, meu corpo desmanchava e pedia mais e mais, parecia que ele já conhecia os toques seu, seu corpo encaixava perfeitamente no meu, como peças de um quebra cabeça perfeitamente montado, ainda assim a intensidade diminuiria dia após dia por não mais hav...

Em quase todo tempo que aqui estou, o pensamento dá voltas e voltas e em ti retorna... A cada instante que respiro e nos meus pulmões o ar chega, o coração lembra de bater por você. Sem exceção, a união dos meus pensamentos, a respiração que me permite lembrar de ti, é algo que frequentemente me entorpece e me faz invariavelmente querer-te mais e mais... O pra sempre pode durar, pode sempre existir, ou acabar em uma frase, um gesto, ou mesmo uma ação… Quem define o que é sempre ou o pra sempre? O tempo que juntos ficamos, a corrida diária pela aceitação e validação dos sentimentos falados, ou mesmo os dias, semanas, meses ou até anos que juntos vivemos e nos amamos... Nada disso tem importância, pois, o pra sempre, há de existir, ou não!

 Uma taça de vinho na mão esquerda, um celular na mão direita, a cabeça com pensamentos a mil, o coração buscando inspiração, e a respiração querendo ficar mais intensa, bem vindo ao novo! Uma taça de vinho na mão esquerda, sendo levada repetidas vezes aos lábios que docemente sussura uma canção de amor, que poderia contar sobre nós. Um celular na mão direita, com dedos nervosos a escrever uma mensagem que nunca lida será, pois a mesma não será enviada pelo receio da resposta que será recebida. A cabeça com pensamentos a mil, acelerados pela luta constante entre o sentimento e o desapego gerado em uma enrosco que nome não tem, e que relação talvez nunca venha ser. O coração buscando inspiração, querendo realizar o sonho de está na mesma batida junto com outro alguém que  reciprocamente estará inspirado também. A respiração querendo ficar intensa, gerando o suor de uma intensa dança horizontal, onde o suor escorre pelo corpo e acelera a alma. Bem vindo ao novo, o momento que se...